Movimentos que Transformam
Desde 2001 iniciou a construção de uma longa caminhada política pautada na concordância entre coletivos, decisões e ações. A escola como um lugar de direito de todos/as, é um fator de proteção social a qual cumpre com sua função política e pedagógica para um projeto de sociedade alicerçado na justiça social, emancipação e equidade do sujeito. A arte de dançar, atuar, cantar, pintar, inserida no contexto educacional é uma ferramenta de inclusão cultural que possibilita à juventude acessar espaços de formação de indivíduos a partir dos coletivos como congressos, festivais, teatros, entre outros.
A escola é um espaço de acolhida, escuta e protagonismo juvenil, onde potencializa aos estudantes a se tornarem visíveis diante de uma sociedade adoecida pelo racismo, misoginia e desigualdade social. Aglutinar a juventude para a iniciação dos processos artísticos conduz a caminhada para um futuro em que estes vão estar melhor preparados para os desafios que a vida promove, pois a arte educação alimenta os corpos pensantes em movimento.
A diversidade de participação anda na contramão do etarismo, somando-se aos inúmeros segmentos da sociedade e profissionais que consiste num cenário singular, sejam eles: grafiteiros, bailarinos, cenógrafos, entre tantos outros que criam nomes e sobrenomes adotados pela arte.
A Arte através da Educação, dialoga com outras áreas do conhecimento as quais a educação formal curricular e conteudista acaba por passar longe dos interesses da juventude, mas também contribui para a construção de sujeitos críticos aos diversos assuntos pertinentes à humanidade e seus desdobramentos.
Por fim, adaptando o pensamento do poeta Mário Quintana, a Arte Educação não muda o mundo, quem muda o mundo são as pessoas que experienciam ela. A Arte Educação exercita cotidianamente a cidadania para que esses indivíduos se tornem sujeitos de direitos e que carreguem junto de suas vidas a bandeira da luta por justiça social. Que a Arte Educação seja uma caminhada utópica, não no sentido de se tornar irrealizável, senão no sentido do escritor
Eduardo Galeano, ou seja, para não deixar de caminhar.
A utopia está lá no horizonte.
Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.