ComunIDADES
As tomadas de decisões em qualquer instância, sejam elas no dia a dia, no trabalho, no lazer ou na vida pessoal, são mais difíceis, quando temos que fazer em coletivo. Numa comunidade onde moram cerca de cem ou duzentas famílias, tomar a decisão para um coletivo é uma missão desafiadora, porém é mais assertiva com a consulta das comunidades que as representam.
Um governo, ao decidir quem irá receber um determinado benefício, ao invés de sorteio, poderia consultar as representações comunitárias para que as mesmas pudessem indicar as pessoas beneficiadas, organizando uma ordem de prioridades para acessar aos benefícios. A comunidade tem os melhores protagonistas para uma pesquisa, os mais adequados para uma representatividade, o melhor canal de comunicação para com os governos e a proximidade com os problemas. Conforme a definição dada pela nossa constituição em que vivemos em um Estado democrático de direitos, todos os governos devem ser muito mais consultivos do que deliberativos.
Assim, tudo está ali naquele entorno. Proporcionar a estes que tenham o direito da escolha de quem vai usufruir do benefício, quais necessitam estar na linha de frente, quem tem mais dificuldade e ter a liberdade de nomear as representações daquele lugar, isso é um processo de cidadania e um exercício democrático que constroi uma sociedade justa e igualitária.